Iluminação Antimosquito: Mito ou Verdade?

Verão chegando, janelas abertas… e lá vêm eles: mosquitos. Muitos consumidores recorrem a “lâmpadas antimosquito”, luzes âmbar ou luminárias UV acreditando que a cor da luz pode afastar (ou atrair) esses insetos. Mas o que a ciência realmente diz? Abaixo, desmontamos mitos e trazemos evidências recentes para você iluminar varanda, jardim ou área gourmet sem servir de convite ao Aedes ou ao pernilongo comum. 

Por que algumas luzes atraem mosquitos?

Muitos insetos — incluindo espécies de Culex e Aedes — apresentam fototaxia positiva para comprimentos de onda entre 350 nm (UV) e 500 nm (azul-esverdeado). Estudos de 2023 mostraram que LEDs ricos em azul (400–470 nm) geram maior atração: até 60 % mais insetos noturnos do que LEDs “quentes”.

Lâmpada amarela/âmbar funciona mesmo?

O famoso “bug light” filtra o azul e parte do verde, emitindo picos acima de 570 nm (âmbar). Ensaios de campo (2024) registraram redução de 50 %–70 % na captura de insetos sob luz âmbar versus luz branca fria. Ou seja, não elimina mosquitos, mas reduz a atração.

E a luz UV dos aparelhos mata-mosquito?

Armadilhas UV atraem vários dípteros, porém não são seletivas: capturam mariposas, abelhas e joaninhas. A Fiocruz alerta que a efetividade contra Aedes aegypti em ambientes domésticos é baixa, pois a espécie é diurna e guiada por CO₂ e odor humano, não por luz.

Dicas para iluminar sem chamar mosquitos

  • Prefira luz “quente” ≤ 3000 K em pendentes, plafons ou fitas LED na varanda.
  • Use lâmpadas âmbar em balizadores e postes para caminhos externos.
  • Direcione a luz para baixo com embutidos de solo e refletores de facho fechado — menos luz dispersa significa menos insetos.
  • Instale sensor de presença: acenda apenas quando necessário e economize energia.
  • Evite LEDs “cool white” (≥ 5000 K) em áreas externas; eles contêm picos azuis muito atraentes para insetos.

Normas e boas práticas

ABNT NBR 5101 orienta iluminação pública com espectro controlado para limitar poluição luminosa e impacto na fauna.
• O IES TM-37-21 recomenda CCT ≤ 3000 K e baixo conteúdo de azul em projetos ecológicos.
• Pesquisas da Fiocruz sugerem ciclos de claro/escuro consistentes para reduzir a atividade do Aedes.

Conclusão

“Lâmpada antimosquito” não faz milagres, mas ajustar espectro, direção e intensidade da luz reduz sim a presença de insetos — e ainda poupa energia.

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